Nem de propósito.
O homem é de índole expansiva e aquilo dos afectos - independentemente da sua já quase lendária maestria na coisa - haveria de ricochetear, tarde ou cedo. A versão local do cada vez mais omnipresente Ministério da Prevenção do Vício e Promoção da Virtude, versão woke (donde, acima de escrutínio), não deixaria passar um primeiro deslize. Desde que, claro, o fosse perante o seu index, simultaneamente mais e mais abrangente e restritivo (não é contradição). O que possam pensar as destinatárias desses deslizes é, aliás, absolutamente irrelevante, as directoras espirituais da Santa Inquisição destes dias não perdem tempo com bagatelas.
Era, simplesmente, questão de tempo. Já está.
O seu antecessor de Boliqueime pensará, talvez, que a sua visão da reserva institucional do homem de Estado sai reforçadamente justificada. Nem de propósito.