Da barbárie.
O culto da língua, escrita ou falada, é quase ausente, tido como anacronismo, inútil ociosidade de reaccionários: tudo se aceita, desde que se perceba o que se quer dizer (e mesmo esse critério vai falhando estrondosamente). O AO90, essa ignomínia, bem poderia ser o corolário do desastre, não fosse o facto da mais elementar prudência mandar não esquecer que quando se pensa ter batido no fundo, e com toda a probabilidade, se atravessa apenas, afinal, mais uma camada de lodo. Pior é sempre possível.
É expectável ("expetável", na ortografia politicamente correcta), por estes dias, o que sempre foi de esperar; há que gerenciar, actualmente, o que de uso se geria; urge experenciar, nestes tempos, o que noutros se experimentaria. E outros modismos haverá. Que vantagem trazem? Quem - sejamos então inclusivos, como manda a regra vigente - empoderam. Uma legião de imbecis, decerto.
Os bárbaros às portas da Cidade.
