Das desgraças.
A república, "implantada" (é o termo consagrado) da democrática e civilizada forma que se sabe, comemora hoje mais um aniversário. A populaça, metodicamente embrutecida, agradece o feriado e irá até à praia que a coisa é de "ponte" e o Verão, para nossa desgraça, não acaba. Os políticos, uns de já bem longo turno no poder, outros desejando-o impacientemente, todos fervorosamente republicanos, cumprirão mais um dia dessa liturgia da mentira de que dependem para subsistir (para eles, enfim, o dia será "útil"; uma maçada que há que suportar).
Nem de propósito, de embrutecimento em embrutecimento, metodicamente preparado, Portugal vai então, soube-se ontem, enterrar-se no lamaçal - sem dúvida muitíssimo lucrativo para os do costume - de mais um campeonato, agora mundial, do sórdido pontapé (profissional) na bola. Pagarão do costume, evidentemente. Mas os do costume, a populaça, gostam. O que muito naturalmente tranquiliza beatificamente os que lucram.
Uma desgraça (a primeira, acima, já bem longa), de facto, nunca vem só.
