Está tudo bem assim
Três anos depois de algo monstruoso e que paulatinamente vai dando em nada, cuja responsabilidade - salvo milagre - acabará solteira ou imputada a um ou outro peão irrelevante e escolhido como cordeiro sacrificial, algo que paulatinamente bem se pode repetir nos próximos tempos, três anos certos ao dia, cá temos Portugal (Lisboa, enfim...), a conquistar não sei que magnífica honraria do futebol. Coisa que deu até, parece, para sessão congratulatória do regime e seus feitos no palácio de Belém.
Uma estação televisiva terminava o seu - habitualmente interminável - noticiário principal desta noite, declarando, nas palavras de quem o apresentava, que "os portugueses estão de novo convocados". Não, decerto, para exigir o pleno e tempestivo (se ainda o puder ser) apuramento das responsabilidades quanto à monstruosidade de há três anos. Não, decerto, para testemunhar que, aprendendo ao menos com os erros, se fez o exigível para evitar a sua repetição.
O circo da bola volta. Em peso e muito oportunamente. Está tudo bem assim e não podia ser de outra forma.